Título nacional: Cilada
Autora: Harlan Coben
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 272
Editora: Sextante
Título original: Caught


Cilada foi o primeiro livro de Harlan Coben que eu li. Não sei se todas as obras do autor são assim, mas adorei a trama cheia de surpresas e reviravoltas.

Apesar do prólogo desse livro ser narrado por Dan Mercer, um assistente social solitário que trabalha com adolescentes, e a história toda girar ao seu redor da questão de ele ser ou não ser um pedófilo, ele não é o protagonista da história. A personagem principal é Wendy.

Wendy Tynes é uma repórter que trabalhava num programa televisivo chamado Flagrante que armava emboscadas para pedófilos. Trabalhava porque ela perdeu o emprego depois de denunciar Dan Mercer que supostamente tentou seduzir uma garota de 13 anos pela internet. O problema é que Dan é inocentado por falta de provas e Wendy perde o emprego pela notícia mentirosa. Mas é óbvio que a história não acaba por aqui. O pai de uma das “vítimas” de Dan resolve fazer justiça com as próprias mãos e mata Mercer, deixando apenas uma testemunha: Wendy.

A partir desse momento, a dúvida de ter destruído a vida e causado a morte de um inocente passa a pesar na consciência de Wendy. Por isso ela vai atrás da história verdadeira e acaba descobrindo uma rede de mentiras muito piores do que qualquer coisa que ela poderia imaginar.

Enquanto isso, em algum outro ponto da cidade, a policia investiga o desaparecimento de uma jovem de 17 anos, Harley Macwayd. O caminho dos dois casos se cruzam, fazendo com que a polícia acredite que ela pode ter sido a última vítima de Dan. Por mais que Wendy não saiba mais no que acreditar, ela não tem outra opção se não mergulhar de cabeça na apuração dos fatos.

O livro tem um ritmo frenético e cheio de revelações que mudam o rumo das coisas. Metade do tempo você não sabe no que acreditar e na outra metade você descobre que entendeu tudo errado. E mesmo que o quebra-cabeça seja surpreendente, o final foi meio óbvio.

É uma história sobre culpa e perdão muito boa.


Revenge é uma série da ABC que estreou nessa fall season. A protagonista é interpretada pela Emily VanCamp, que vocês devem conhecer de Everwood, mas eu conheço de Brothers and Sisters.

Na série, acompanhamos a história de Amanda Clarke, que com um novo nome (Emily Thorne), muita inteligência, dinheiro e sede de vingança, volta para o balneário Hamptons para destruir uma por uma as pessoas que, no passado, ajudaram a incriminar e condenar seu pai por um crime que ele não cometeu. Dizem por aí que essa trama é baseada no livro O Conde de Monte Cristo, do Alexandre Dumas, devidamente adaptado aos dias atuais - eu nunca li o livro, mas também só ouvi falarem bem.

Quando eu digo destruir as pessoas por vingança, não quero dizer assassinato necessariamente (mas sinto que isso pode mudar a qualquer momento). Amanda/Emily elabora planos de acordo com cada caso, destruindo o que é mais importante para a pessoa da qual ela quer se vingar. Sem entrar no mérito da ética, é nisso que eu acredito residir a inteligência da maldade da personagem: acho que destruir o que a pessoa mais ama é milhões de vezes pior, portanto, mais satisfatório para a vingança, do que destruir a pessoa em si.

Além da maravilhosa interpretação da Emily VanCamp, que por si só já segura a série toda, também tem o restante do elenco. A queen B dos Hamptons, Victoria (interpretada pela competente e bela Madeleine Stowe), é tão traiçoeira quanto fashion. O jovem milionário da computação Nolan (Gabriel Mann) que acaba se tornando uma espécie de cúmplice da Amanda/Emily, é tão inteligente quanto sem amigos (e também absoluta falta de senso de moda, como vocês podem ver na foto promocional lá em cima, ele é o da ponta esquerda, com uma calça rosa de bolinhas meio duvidosa).

E se você não se interessa muito por vingança e mistério, também pode assistir a série para ver homens bonitos! Temos Nick Wechsler como Jack (o meu favorito), o amigo de infância de Amanda/Emily, super bom moço e dono de um labrador fofo. Também merecem uma atenção especial o Josh Bowman, que interpreta o Daniel e o Connor Paolo, que é o Declan, irmão mais novo do Jack (e era o Eric, irmão da Serena em Gossip Girl, minha gente, o que aconteceu com esse rapaz que agora parece mais bonitão?).

Isso é o que eu posso falar da série sem entregar muito o ouro. Recomendo muito!

Título: Louco aos Poucos
Autor: Libba Bray
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 591
Editora: iD
Título Original: Going Bovine


"É um mundo pequenino no fim das contas." - Walt Disney

Faz um tempinho que eu li o primeiro capítulo desse livro aqui. E preciso dizer que a autora me ganhou só com isso. Nem imaginava que era um livro grande o suficiente para ser usado como arma. Uma criança que quase morre no brinquedo Mundo Pequenino, na Disney, porque chega a conclusão de que está navegando no rio Estige e precisa parar isso, pois acredita que apenas na vida após a morte as pessoas de todos os países seriam felizes e cantariam a mesma música. Isso é tão louco quanto engraçado e um livro tão inédito merece ser lido! 

Cameron Smith tem apenas 16 anos e depois de uma série de episódios, foi diagnosticado com a chamada "doença da vaca louca". Em outras palavras: ele vai morrer. Enquanto esse momento final não chega, ele viaja em várias alucinações. Uma delas envolve Dulcie, uma garota-anja-punk, que o convence a partir em busca de um tal de Doutor X, o cara que tem a cura. O bônus dessa missão é que se tudo der certo ele salva o mundo. Assim como todo super herói que se preze, Cameron tem ajudantes: Gonzo, um anão neurótico dependente da mãe, e Balder, um deus viking preso no corpo de um gnomo de jardim. Juntos eles embarcam numa louca aventura repleta de questões filosóficas típicas de viagens resultantes de abuso de drogas.

O livro é totalmente maluco. A história é absolutamente original. Os personagens completamente autênticos e irônicos. É o tipo de livro que ou você se mata de rir do começo ao fim ou você tem vontade de gritar WHAT THE FUCK? 

Por trás de todas as loucuras e viagens desse trio excêntrico, existem algumas questões profundas que mexem com a cabeça de Camerom, geralmente são relacionadas a familia dele, e existe um equilibro entre as partes engraçadas e as pequenas epifanias dele. São quase 600 páginas que valem a pena serem lidas.
Esse livro foi lido no book tour do blog Literalmente Falando. Obrigada por ter me selecionado para participar, Íris!




Título: Graceling - O Dom Extraordinário
Autora: Kristin Cashore
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 496
Editora: Rocco
Título original: Graceling


Graceling tem uma história que se passa em uma terra dividida em sete reinos, na qual as pessoas nascem com dons. Alguns dons são mais simples, como a habilidade de falar de trás para frente ou ficar sem piscar por muito tempo, outros são mais elaborados, como o da protagonista. Katsa tem como dom o assassinato.


Katsa é orfã e sobrinha do rei Randa, do reino de Middluns. O rei, logo que percebeu que o dom dela poderia ser útil para aumentar seu poder, intimidando (ou matando mesmo) quem o desafiasse ou aborrecesse usando Katsa. Só que ela não é só passividade: cansada dos desmandos e egos inflados de quase todos os reis que só causam o mal, Katsa organiza junto com os espiões e soldados o Conselho, que age por trás das regras oficiais dos reis para ajudar o povo.

É através das "atividades paralelas" de Katsa que somos apresentados a trama da história: um sequestro que precisa ser solucionado, crime que foi cometido por algum dos sete reis. Mas qual deles e porquê? Durante a resolução desse mistério Katsa conhece Po, o príncipe da terra de Lienid que tem um nome muito engraçado e trás mais mistérios na sua pessoa de olhos dourados e prateados.

Eu gostei do livro até uma certa parte, quando algumas coisas acontecem e a Katsa faz um drama absurdo, uma verdadeira tempestade no copo d´água. Depois do chororô, a trama se recupera bem e rende alguns momentoss de "caramba, não acredito!", cheios de surpresas.

Acho muito válidos e dignos livros com protagonistas legais e que passem por jornadas de transformação como a de Katsa. É um ótimo exemplo de atitude feminina para qualquer idade. E girl power na vida nunca é demais, então só por isso eu já teria gostado do livro (mesmo ela tendo um ataque de drama do nada como falei no parágrafo anterior).

Pra quem gosta de histórias com aventuras atravessando reinos, montanhas, mares etc, e não se intimida com o número de páginas, certamente é um livro que recomendo!



Título Nacional: Nuvem da Morte - Jovem Sherlock Holmes #1
Autor: Andrew Lane
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 288
Editora: Intrínseca
Título Original:   Death Cloud



Nuvem da Morte é o primeiro volume de uma série de livros que pretende contar sobre a adolescência do mais famoso detetive da literatura, Sherlock Holmes. 


Diferente do conceito já conhecido que se tem do inglês em que ele é antissocial e com um raciocínio afiado, aqui ele é apenas um garoto esperto, com poucos amigos e muito tempo livre.


 Logo no inicio, o jovem é deixado aos cuidados de um tio desconhecido numa mansão isolada, já que seu pai retorna ao campo de batalha, a mãe anda doente e o irmão muito ocupado com o trabalho no governo britânico para cuidar de um garoto de 14 anos.


Sozinho, Sherlock passeia pela propriedade para passar o tempo e é ali que ele conhece Matty, um garoto órfão que se vira nas ruas. Logo os dois viram amigos e passam a investigar o caso de dois homens que foram mortos por uma misteriosa nuvem. 


Na equação entra um tutor que serve principalmente para ajudar Sherlock a desenvolver sua tão conhecida lógica que o levaria a ser o excelente detetive que é. Durante o decorrer da história, o menino se envolve em várias confusões que não necessariamente requerem tanta inteligência para sua solução.


O caso também é bem simples e decepcionante. O que mais falta ao livro é a essência de Holmes, com suas excentricidades, linhas de raciocínio insanas e brilhantes e, também, por falta de uma palavra melhor, lhe falta a cara de pau. Não parece que o garoto que sempre acaba fazendo algo errado será o grande detetive, já que na verdade grande parte das deduções é feita pelo tutor. Mas creio que não se pode esperar muito de um garoto de 14 anos, apesar de saber o grande potencial ali. 
Hora de voltar foi escrito e dirigido por Zach Braff, o eterno JD da série Scrubs. Ao contrário do que se pode imaginar, devido o currículo do Senhor Braff, se trata de um filme bastante dramático, e igualmente  engraçado, sobre pessoas excêntricas e muito parecidas com pessoas normais. Justamente para provar que de médico e louco todo mundo tem um pouco, sabe?

Andrew "Large" Largeman (Braff) é um cara apático que leva a vida de ator/garçom bem longe da casa, em Los Angeles. Ele desconhece o significado de Lar desde que foi mandado para um colégio interno quando era adolescente. O relacionamento com os pais é tão distante quanto a cidade onde atualmente mora e seu constante estado de espírito mais do que calmo é resultado de uma combinação de remédios para depressão. O responsável pela medicação é o psiquiatra e também seu pai, Gideon Largeman (Ian Holm, o para sempre Bilbo Bolseiro de O Senhor dos Anéis).

Com a morte de sua mãe, Large é obrigado a voltar para casa e enfrentar os demônios do passado. Em Garden State, cidade onde passou apenas a infância e parte da adolescência, ele reencontra velhos amigos e conhece a inusitada Sam (Natalie Portman) que, com todas as bizarrices e teorias sobre a vida, devolve a Large a alegria que há muito tempo ele não sentia, se é que em algum momento ele chegou a sentir verdadeiramente.

Entre os velhos amigos, está Mark (Peter Sarsgaard) o ex-melhor amigo que virou coveiro e se auto-encarregou de inserir Largeman na vida social local. Mas para Large, voltar para casa, depois de morar na “cidade grande”, é como voltar no tempo, uma constatação de que algumas pessoas são incapazes de mudar, enquanto ele não tem mais nada a ver com o seu velho eu ou aquele lugar.

Esse filme é incrivelmente engraçado e triste, do tipo que mexe com a cabeça da gente e nos obriga a refletir sobre o rumo que a nossa vida está tomando. O elenco muito bem escolhido e o roteiro bem escrito torna impossível achar esse longa ruim. Não sei explicar porque gostei tanto, só sei que já entrou para a lista dos favoritos.
Título: Never have I ever (The lying game #2)
Autora: Sara Shepard
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 352
Editora: Harper Teen



Spoiler Alert: Pode conter spoiler do primeiro volume


Never have I ever é a continuação da série de livros The Lying Game. Nesse volume continuamos a acompanhar Emma tentando encontrar o assassino da irmã gêmea, ao mesmo tempo em que tem que fingir ser a própria. 


O único que sabe sua verdadeira identidade é Ethan, o misterioso e charmoso garoto por quem Emma começa a ter uma quedinha. Dessa vez, as suspeitas caem sobre as irmãs Twitter, Gaby e Lilly, já que aparentemente Sutton as envolveu em algum "lying game" que saiu do controle. 


O livro segue a mesma linha do primeiro e parte de um acontecimento do passado de Sutton para tentar desvendar o que levou a sua morte. Porém, como era de se esperar, Emma encontra apenas ruas sem saída. O principal problema desse tipo de série é que nada realmente acontece de importante e mesmo assim você se sente compelida a ler capítulo após capítulo a espera de alguma revelação que leve à verdade. Um verdadeiro fast-food literário.


Apesar de tudo, a leitura serviu para reforçar o péssimo trabalho que estão fazendo na adaptação televisa dos livros, já que, mesmo sendo frustrantes, eles são de longe muito mais interessantes do que a série.


Título Nacional: O Cão dos Baskersville
Autor: Arthur Conan Doyle
Ano de Lançamento: 2007
Número de Páginas: 189
Editora: Universo dos Livros
Título Original: The Hound of the Baskerville

Esse foi o quarto livro contando as aventuras do detetive Sherlock Holmes e seu fiel escudeiro Watson, escrito por Conan Doyle e lançado em 1902.


Acompanhamos a história da maldição que cerca a família Baskerville - cada geração vai pagando por um crime cometido por seu antepassado, através da perseguição e homicídio por um cão demoníaco. 


Com a morte de um Baskerville e a vinda de outro da América para tomar seu lugar como herdeiro, um amigo da família recorre a Sherlock Holmes para que ele descubra afinal o que acontece naquela família e naquela casa, situada em um lugar sombrio e isolado que nem precisa se esforçar para soar amedrontador e sobrenatural. 


Esse é o primeiro livro que leio sobre as aventuras de Sherlock Holmes, não sei se os outros são assim também, mas se forem, ponto para Conan Doyle: a história é boa. O mistério se sustenta até as últimas páginas, e se resolve rapidamente a partir daí. O suspense é bem narrado e eu gostei particularmente do destaque que o Watson teve nas investigações, ele é um ótimo personagem. 


Enfim, se você está procurando um livro com um bom mistério, sobrenatural ou não, eu recomendo que leia O Cão dos Baskerville.
Título Nacional: Sereia
Autora: Tricia Rayburn 
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 306
Editora: Verus
Título Original: Siren



Justine era linda, simpática, popular e corajosa, tudo o que a irmã Vanessa não era e um pouco mais. Até a manhã em que ela pulou de um penhasco em plena tempestade e levou tudo consigo. Deixando a pobre Vanessa sem saber como lidar com sua própria vida.


Ela, então, resolve voltar ao lugar onde tudo aconteceu, a casa de veraneio da família. Imagine a surpresa dela quando descobre que o namorado da irmã - e vizinho -, Caleb, sumiu logo após a morte de Justine. Para encontrar o menino fugido e de quebra tentar entender o que levou ao fim derradeiro da irmã, ela se une numa busca com Simon, irmão mais velho de Caleb.  


O começo do livro é bem confuso e sem muitos acontecimentos. Tudo se divide entre as lamúrias de Vanessa, o tempo que ela passa num restaurante em que fez amizade com uma garota e o resto do tempo em que fica com Simon, por quem começa a desenvolver sentimentos maiores do que apenas amizade.


O suspense fica por conta da descoberta de vários corpos de homens que começam a aparecer pela cidade. E a grande revelação é o que faz o livro realmente valer a pena. O problema são algumas explicações meia-boca, cenas vergonha alheia e basicamente todo o desenvolvimento da história se baseia em várias coincidências e isso é realmente muito difícil de engolir. Quanto à mitologia criada pela autora ainda é cedo para dizer algo já que esse é apenas o primeiro volume.


Sereia é uma boa desculpa para ler um suspense com uma pitada de romance e agora é esperar que o próximo volume traga explicações melhores e plausíveis. 

Sigam-nos os bons!

Giselle lê

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