Título Nacional: Admirável Mundo Novo
Autor: Aldous Huxley
Ano de Lançamento: 1932
Número de Páginas: 397
Editora: Globo de Bolso
Título Original: Brave New World


Nesse mês de abril, o Desafio Literário era focado nos livros de ficção científica. Eu admito que não prestava muita atenção nesse gênero, apesar de já ter lido ótimos títulos que fazem parte dele. O Desafio me fez enxergar melhor a ficção científica, e acredito que de agora em diante vocês verão mais resenhas de livros desse gênero por aqui!

Admirável Mundo Novo conta como a sociedade está organizada mundialmente com bases nas manipulações genética, cerebral e social. Mais precisamente em Londres, Huxley citua uma sociedade na qual pais e mães são conceitos ultrapassados - a manipulação genética cria seres humanos. E esses seres são criados e condicionados, através de substâncias químicas e repetições de frases com objetivo de "ensinar durante o sono" de acordo com as castas, que vão de Alfa (a mais alta) até a Ípsolon (a mais baixa).

Como uma sociedade organizada nas divisões, cada um faz sua parte, mas "o todo é maior que o um", ou seja, nada de valorizar a individualidade por aqui. Quem é diferente, quem contesta o que acontece, acaba sendo visto como estranho e tendo problemas com o governo. É mais ou menos o que acontece com Bernard, o protagonista.

Outro aspecto que achei interessante na obra de Huxley é a presença constante de Shakespeare, seja no título (Admirável mundo novo é uma expressão que aparece na peça A Tempestade) ou nas citações do Selvagem (não vou dizer quem ele é, leiam o livro!). Enfim, minha conclusão é a de que é um livro muito bom, mesmo não tendo ultrapassado a preferência por 1984 (do George Orwell) no meu coração.
Eu não sou fã de Star Wars. Não assisti todos os filmes e não me lembro daqueles que assisti. Mas garanto que Fanboys desperta em qualquer um que assista, sendo fã ou não, o sentimento de ser parte desse grupo.

Eric Bottler (Sam Huntington) se encontra com a gangue os velhos amigos da escola, Linus (Chris Marquette), Hutch (Dan Fogler), Windows (Jay Baruchel) e Zoe (Kristen Bell), numa festa a fantasia. Logo fica claro que ele foi o único amadureceu desde a formatura, já que agora é um vendedor de carros de sucesso e o resto do povo continua levando a mesma vidinha mais ou menos. Outra coisa que Eric percebe é que a unica coisa em comum entre eles, que sobreviveu ao tempo, é o amor por Star Wars.

Até aí, tudo bem. As pessoas mudam, é a vida. O problema é que o Episódio I - A ameaça fantasma estréia em seis meses e Linus foi diagnosticado com câncer e apenas mais quatro meses de vida no dia seguinte ao encontro na festa. O jeito é atravessar o país para invadir o Rancho Skywalker e roubar o filme, para que Linus possa descansar em paz depois de assistí-lo.

Mais do que uma homenagem aos fãs da série mais clássica da ficção científica, Fanboys é uma homenagem a amizade verdadeira que mistura drama e comédia com várias citações da cultura pop e nerd. O filme foi feito com carinho, o roteiro muito bem pensado e as histórias paralelas bem boladas. Apesar de não ter sido recebido de maneira positiva pela crítica, eu acho que vale a pena ser assistido, sendo fã ou não.
Logo no inicio de Eu sou o número quatro, descobrimos que John não é um cara comum. Ele simplesmente é um extra-terrestre vindo do planeta Lorien. Atualmente extinto graças a uns alienígenas malvadões chamados de Magadorianos.

Além disso, John é na verdade o número Quatro, um dos nove seres que vieram do tal planeta Lorien e que herdaram poderes capazes de destruir os malvados. Os números se devem ao fato de que eles só podem ser mortos na ordem crescente. E como o número Três acabou de ser morto, eles estão atrás de John agora.

Em sua tentativa de ser "normal" ele acaba se apaixonando por Sarah (a Quinn de Glee) e fica amigo de Sam, cujo pai era fascinado por alienígenas. A história basicamente é a de John tentando entender seus poderes e sua função aqui na Terra. E claro, fugir do vilões.

A história é fraca, muito confusa e superficial, assim como todos os personagens, que não chegam a convencer. Os alienígenas Magadorianos parecem a junção de tudo o que se imagina de um extra-terrestre. Tão exagerado que não dá para levá-los a sério. 

Um ponto positivo, é que, ao contrário do livro, o romance entre quatro e Sarah é apenas uma parte do enredo e não o ponto principal. Porém, no final não passa de mais uma tentativa da indústria cinematográfica de tentar criar uma série de filmes baseados em livros de sucesso como Harry Potter. E para isso, o filme está bem longe, a planetas de distância. 
Olá! Aqui está mais um post da tag mais consumista do nosso blog! Esses são os livros que comprei em abril (até agora, pelo menos!) e clicando no título de cada um você pode ver mais sobre ele no Skoob.


Leo e as Caixas de Música - Ricardo Prado
Ganhei na promoção do Garota It! Primeira vez que ganho uma promoção de livro, até chamei de milagre quando twitei sobre. A editora demorou quase um mês pra me enviar, mas chegou todo bonitinho.

Em Chamas - Suzanne Collins
Depois de ler (ou melhor, devorar) Jogos Vorazes eu simplesmente necessitava saber o que acontece com Katniss e companhia. Tenho certeza que será uma leitura épica! Aqui no blog tem resenha das versões em inglês dos três livros - Hunger Games, Catching Fire e Mockinjay.

Feios - Scott Westerfeld
Esse livro é um dos mais do que recomendados pela blogosfera em geral pra quem gosta de histórias distópicas, ficção científica, etc etc etc. Pra completar, está em promoção e aí não resisti. Tem resenha dele aqui no blog.

The Book of Tomorrow - Cecelia Ahern
Da Cecelia eu só li PS: I love You (aliás, foi o primeiro e-book que eu li! Ninguém perguntou mas eu disse mesmo assim! Hahaha), mas já sei que é uma autora ótima em contar histórias tristes. Anotei o nome desse livro depois que vi a Kristi falando dele, porque a história me pareceu muito interessante!

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
Esse eu comprei por causa do Desafio Literário, muito em breve vai ter resenha dele por aqui!


O livro Leo e as Caixas de Música ainda veio com um chocolate disfarçado de fita cassete, achei muito fofo! Esse foi o mês de abril por aqui, vejo vocês em maio! Abraços!
A vida sempre tem fases pelas quais todas as pessoas passam e outras pelas quais elas esperam passar. Todos nascemos, crescemos e morremos. E a maioria deseja conhecer alguém especial, namorar, noivar, casar e ter uma família, ou em outras palavras, filhos.

Na comédia Juntos pelo acaso as coisas não saem como planejado para ninguém. Holly (Katherine Heigl) e Messer (Josh Duhamel) são obrigados a saírem num "encontro as escuras" por um casal de amigos em comum. Logo de cara, fica óbvio que os dois não se dão bem, mas, independentemente disso, serão obrigados a conviver já que são escolhidos como padrinhos da filha do tal casal, a Sophie.

Até aí tudo bem, fica claro que apesar deles se comportarem como crianças, do tipo que o menino puxa o cabelo da menina como prova de afeição, os dois vão ficar juntos no final. Sem novidades. A diferença é que pouco tempo depois do aniversário de um ano de Sophie, um acidente fatal deixa a menina órfã. O último pedido dos pais? Que os padrinho cuidassem da bebê.

Tirando a parte dramática, o filme segue o roteiro de toda comédia romântica. Holly é a mulher boazinha focada no serviço e Messer é um mulherengo. A convivência se encarrega de mostrar o quanto os dois são perfeitos um para o outro. É triste vê-los tendo que superar o luto com a mesma velocidade que ele chegou para aprenderem a arte de serem pais. As cenas engraçadas ficam por conta das inexperiência e são bastante óbvias. Nem vou falar sobre os vizinhos que não têm graça nenhuma. É um filme de bebê, logo, é impossível não achá-lo, no mínimo, fofo.
Título nacional: Tocada pelas sombras (Academia de Vampiros #3) 
Autora: Richelle Mead
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 384
Editora: Agir
Título original: Shadow Kiss


Spoiler Alert: Sério. Eu avisei.


No terceiro volume de Academia de Vampiros, Rose está no último estágio para se formar e finalmente se tornar a guardiã de Lissa. Porém, ela anda sofrendo com visões de Mason e começa a achar que algo está errado com ela. E não posso falar mais do que isso para não estragar o livro. 


Tocada pelas sombras continua uma discussão que começou no volume anterior: até onde e porque os dampiros têm que  abrir de suas próprias vidas pelos Moroi? E essa discussão se torna decisiva tanto na vida de Rose como na vida de Lissa. Rose aos poucos começa a questionar todos os ensinamentos que recebeu durante toda a sua vida. 


Esse volume é realmente decisivo para a série. Todo o rumo é mudado. Tenho que dizer que se antes tinha dúvidas quanto à série, esse terceiro volume me conquistou e estou ansiosa para o quarto.  
Título: Insatiable
Autor: Meg Cabot
Número de páginas: 451
Editora: Morrow

Em Insatiable, conhecemos Meena, uma jovem nova-yorkina que trabalha escrevendo diálogos para uma novela. Até aí, tudo bem. Mas ela também tem o dom de saber quando as pessoas ao redor dela vão morrer - o que a garantiu apelidos estranhos na escola e também muita dor de cabeça tentando ajudar as pessoas a não encontrarem a dona Morte.

Ela acaba de descobrir que a rede de televisão para qual ela trabalha quer aumentar a audiência da novela acrescentando um vampiro na história, já que aparentemente a presença desses seres tem a capacidade de atrair muitos telespectadores... Só que Meena detesta essa ideia e entra em conflito.

Em uma madrugada insone, ela resolve passear com seu cachorro Jack Bauer (sério, é esse o nome do cachorro!) e é atacada por um monte de morcegos, porém um estranho bonitão salva sua vida e milagrosamente não se machuca com os morcegos. Mais tarde Meena descobre que o bonitão que a salvou dos morcegos era Lucien Antonescu, parente de seus vizinhos e vindo diretamente da Romênia. E é claro, acaba saindo com ele. Só para depois descobrir o porquê dele não ter se machucado quando a salvou e também quem ele é: não apenas um vampiro, mas descendente direto de Drácula - Lucien é o príncipe das trevas, de todas as coisas sobrenaturais.

Paralelamente aos conflitos de Meena, estão acontecendo crimes na cidade que levam as suspeitas aos vampiros, então Alaric, um caçador de vampiros membro da Guarda dos Palatinos, chega a cidade querendo resolver os crimes e matar Lucien. Só que ele não esperava que convencer Meena fosse tão complicado.

Confesso que comecei a leitura desconfiada, justamente por se tratar de mais uma história com vampiros. Mas minha desconfiança não tinha fundamento nenhum, já que a Meg Cabot é sempre diva e consegue escrever um livro diferente, com ação, romance e partes engraçadas também. Meena é uma excelente protagonista, mesmo fazendo besteira as vezes, você termina a leitura adorando ela - e adorando também quase todos os personagens.

Eu li a versão hardcover em inglês (aliás, esse livro foi o primeiro hardcover que eu comprei na vida!) e fiquei sabendo que a Galera Record pretende lançar a versão em português, Insaciável, em junho desse ano. Não gostei muito da capa escolhida. A primeira coisa que me vem a cabeça é "Quem é essa loira?", porque no livro a Meena é descrita como morena de cabelo curto, e aí temos uma loira na capa brasileira, quem é essa criatura?!

Livro altamente recomendado!
Eu acho que os geeks são um dos tipos de caras mais desejados do momento. Tipo de caras reais, já que vampiros e anjos também disputam o primeiro lugar no pódio na cabeça da mulherada. Ela e os Caras aposta justamente nisso, em geeks não em vampiros e anjos.

Sydney White (Amanda Bynes) perdeu a mãe quando era criança e foi criada pelo pai, que é encanador, no meio de um monte de homens. Apesar da criação diferente, ela sempre teve o mesmo sonho que várias garotas americanas: seguir os passos da mãe e entrar na mesma irmandade.

Como todo bom filme adolescente, esse também tem uma bitch determinada a não deixar isso acontecer, motivada pela vontade de ficar com o macho alfa que em algum momento já foi dela mas que no momento não suporta a ideia de isso acontecer de novo. 

O diferencial desse filme é que quando Sidney é expulsa da tal irmandade, ela encontra abrigo numa fraternidade de nerds e nela começa a batalha para derrotar o sistema e conseguir espaço para as minorias e rejeitados da universidade.

Esse é um filme super divertido que apesar de apelar para estereótipos, não é ofensivo. A maior vitória dele é mostrar que todo mundo tem um pouquinho de nerd e que isso não faz mal.
Título nacional:  Espera
Autora: Maggie Stiefvater
Ano de lançamento: 2011
Número de páginas: 360
Editora: Agir
Título original: Linger


"And I wish I could lay down beside you
When the day is done
And wake up to your face under the morning sun"


É com esse trecho de Hiding my heart away, de Brandi Carlile, que começo minha resenha.  Essa música me passa uma sensação de doçura e de tristeza tão grande que chega a doer. E é essa sensação que tive ao ler, tanto Calafrio, como Espera

O romance de Sam e Grace me conquistou. Ponto. É um amor tão puro e simples. Porém, não fica naquela mesma história de outros romances sobrenaturais por aí. Não. Aqui há conteúdo.
Ok, só queria compartilhar a minha sensação opinião sobre a série de livros. Agora vamos a Espera.

Nesse segundo volume, Grace e Sam estão juntos. Mas Sam ainda tem dificuldades em acreditar em sua situação. Grace, em contrapartida, fica cada vez mais desconfortavel e doente em sua pele humana. Dois novos pontos de vista são acrescentados à história. O do novo lobo, Cole, e o da irmã de Jack, Isabel. Ambos personagens bem construídos assim como Sam e Grace. 

Se o frio era o problema dos lobos no primeiro livro, agora eles já não tem tanta certeza sobre o que faz acionar as transformações. Já que alguns não conseguem permanecer lobos no frio e outros se tornarem humanos no calor. 

Como diz Sam, uma cadeia de ações culmina para que o final frustrante aconteça. Apesar de estar me remoendo para ler o terceiro, e espero último, livro, tenho que dizer que já esperava por esse final. Sam tinha razão. Tirando isso, aceitei todas as decisões dos personagens e espero ansiosamente por Forever.


Fica difícil escrever uma resenha sobre um livro que tenha gostado tanto como Espera, mas espero (rs) que tenha conseguido passar o quão bom esse livro é.
Aquela canção do Bob Dylan nos diz: "Forever young, may you stay forever young" ("Jovem para sempre, que você fique jovem para sempre"). A juventude certamente é uma época memorável e extremamente valorizada pela sociedade. E essa valorização do que é jovem - muitas vezes desvalorizando e encarando o envelhecimento como a pior coisa que poderia acontecer - acompanha a humanidade desde sempre, e em 1891, Oscar Wilde escreveu um livro totalmente excelente exatamente sobre isso.

Muitos e muitos anos depois, baseado nesse livro, foi lançado um filme, oficialmente em 2009, mas aqui no Brasil só esse mês (obrigada por ter ganho o Oscar e ficado em evidência, Colin Firth!).

O filme conta a história do jovem Dorian (Ben Barnes) que muda-se para Londres após a morte do avô para tomar conta da mansão que herdou. Lá, ele conhece Basil (Ben Chaplin) e o Lord Henry (Colin Firth). O primeiro fica realmente fascinado por Dorian e pinta um retrato dele, já o segundo decide "apadrinhar" o jovem e lhe apresentar todas suas filosofias e práticas de vida, pois Dorian é jovem e esse é o momento de viver intensamente, já que depois ele ficará velho e aí adeus. Mas e se ele não tivesse que envelhecer? E se, de alguma forma - vendendo sua alma, talvez? - Dorian pudesse ser jovem (e viver como um) para sempre?

Eu já tinha assistido ao filme ano passado e revi no cinema hoje. A impressão que tenho é a mesma: é um baita filme, mesmo que não siga exatamente a história criada pelo Oscar Wilde, merece ser visto. Na minha opinião, o Ben provou que pode ser um excelente ator fora de Nárnia nesse filme! E o Colin Firth é difícil até de comentar, como esse cara arrasa! O personagem dele as vezes até parece ser mais protagonista do que o próprio Dorian! É muito bom. Gosto muito também da Rebecca Hall como Emily, ela era sufragista, lutando pelo direito das mulheres votarem - uma graça, uma graça! Enfim, o que eu tenho a dizer é: corram para o cinema e assistam esse filme, vale muito a pena.
Título Nacional: O Guia do Mochileiro das Galáxias
Autor: Douglas Adams
Ano de Lançamento: 2009
Número de Páginas: 208

Editora: Sextante
Título Original: The Hitchhiker's Guide to the Galaxy

De acordo com Douglas Adams, o autor, O Guia do Mochileiro das Galáxias é o primeira parte de uma trilogia de 4 livros que, por mero acaso, são cinco. Só por essa breve explicação, já dá para imaginar o tipo de humor que o leitor encontrará nessa obra, não?

Arthur Dent é um típico inglês e um belo dia ele descobre que sua casa está prestes a ser demolida pela prefeitura para que possa ser construído um retorno no local. Como toda desgraça é pouca, no dia seguinte ele descobre que o amigo, e eterno ator desempregado Ford Prefect, é um extra-terrestre. Mas isso não é tudo, o planeta Terra está prestes a ser destruído pelos Vogons, uma raça alienígena extremamente burocrática e mal-vista por toda a Galáxia, para dar espaço para a construção de uma nova via hiperespacial intergaláctica.

Com a ajuda de Ford, um ET muito maroto, Arthur consegue carona clandestina da nave dos Vogons e foge momentos antes da demolição do nosso querido planeta. Quando são expulsos, depois de uma longa sessão de leitura de poemas, ato mais conhecido como tortura Vogon, são resgatados pela nave Coração de Ouro. Nave essa que foi roubada e é comandada por Zaphod Beeblebrox, presidente da Galáxia, e Trillian, a terráquea, que por acaso conhece Arthur de uma festa no falecido planeta Terra. 

Ah, outro personagem de destaque, e queridíssimo, é o robô maníaco-depressivo Marvin, que além de ser muuuuito inteligente, despreza demais a humanidade, a vida e tudo mais que existe no universo.

Bem, é dessa maneira que a jornada de Arthur Dent e Ford Prefect pelo galáxia tem inicio. Nessa aventura ele vai descobrir a resposta da Pergunta Fundamental da Vida, do Universo e Tudo Mais, o Guia do Mochileiro das Galáxias e o seres que realmente imperam o mundo.

O livro é bem pequeno e passa muito rápido. A história, bastante divertida e sarcástica, é repleta de alfinetadas ao funcionamento da sociedade e questões burocráticas. O que mais me impressionou é que mesmo tendo sido escrito há muito tempo, continua bem atual. E eu sou, sem sombra de dúvida, apaixonada pelo humor britânico. Enfim, O Guia do Mochileiro das Galáxias deveria ser leitura obrigatória para qualquer leitor.
Ninguém esperava que o irmão caçula Albert  virasse o sucessor do rei George V. Porém o seu irmão realmente não se importava com o destino do país, só com as mulheres de sua vida, por isso coube ao tímido irmão caçula assumir o trono de uma Inglaterra prestes a se envolver na Segunda Guerra Mundial.

Albert sofria dificuldade para falar em público. Qualidade essencial em qualquer posição de poder. Porém, na situação em que se encontrava a Inglaterra, ele conseguir dar força a todo um país, era mais do que necessário. Aí que entra Lionel Logue, um ator frustrado que ajuda pessoas com problemas na fala. Com seus métodos pouco convencionais e língua afiada, aos poucos, ele consegue, não só ajudar o rei a encontrar sua própria voz, mas começa uma amizade duradoura entre os dois.

Tanto Colin Firth, quanto Geoffrey Rush estão fantásticos em seus papéis. Fica até difícil não acreditar que Firth realmente sofra de dificuldades na fala. Até Helena Bonhan Carter está bem em seu papel, que foge dos tipos extravagantes que está acostumada, mas sem perder o brilho.

Tudo em o Discurso do Rei é impecável. Da fotografia à atuação. Um filme que conta com perfeição uma história de amizade e superação.
Título nacional:  Orgulho e Preconceito e Zumbis
Autora: Jane Austen e Seth Grahame-Smith
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 318
Editora: Intrínseca
Título original: Pride and Prejudice and Zombies


Como diz a citação na contracapa do livro, "Já ouve alguma obra literária que não pudesse ser melhorada acrescentando-se zumbis?". 

Com isso não quero dizer que a versão com a presença dos não mencionáveis (assim são chamados os zumbis) do clássico "Orgulho e Preconceito" seja melhor que a original. Não é. Mas talvez tenha mais apelo ao público mais jovem (e quem sabe até ao público masculino) por conter cenas de ação e matança de zumbis. 


A história é basicamente a mesma: as cinco irmãs Bennet vivem na Inglaterra entre compromissos sociais, familiares e etc. O etc nesse livro é o compromisso com a Rainha em defender a Inglaterra da terrível praga que infectou o país, enchendo-o por todos os lados de zumbis. Todas as irmãs foram treinadas nas artes mortais na China, e passam os dias a aniquilar os comedores de cérebros até que o sr. Bingley e o sr. Darcy aparecem na visinhança - causando outro tipo de reviravolta na vida delas (principalmente da meiga Jane e da bad ass Elizabeth) do que as lutas e combates a que estavam acostumadas.


É um livro relativamente pequeno e a leitura passa rapidamente. Essa edição também tem algumas ilustrações, muito legais. Recomendo a leitura pra quem não tem preconceitos contra adaptações de obras da Jane Austen e não liga para decapitações de zumbis.



S#*! my dad says ou como o SBT traduziria, Abobrinhas que meu pai fala é  um perfil do twitter, no qual Justin Halpern coloca várias citações rotineiras de tudo que o pai dele fala. A popularidade fez o twitter virar livro e o livro virar série. 

Quando Henry (Jonathan Sadowski) perde o emprego, não lhe resta nenhuma opção senão pedir abrigo ao pai, Ed Goodson (William Shatner). O problema é que Ed não é um pai tradicional, na verdade, ele está longe de ser uma pessoa normal. O médico aposentado da marinha de 72 anos, que já foi casado três vezes, tem uma personalidade bastante difícil de lidar e regras muitos rígidas que sobre nenhuma circunstância devem ser quebradas. A trama explora as dificuldades, o bom e velho alguém tem que ceder, que Ed e Hennry têm que superar para morarem juntos e em paz. Além disso, também mostra a rotina de outro filho do Ed, o Vince (Will Sasso), com a esposa Bonnie (Nicole Sullivan).

A série é engraçada, mas não é do tipo que o público se identifica de cara. Ao mesmo tempo que levanta a bandeira gay, ela faz muitas piadas ofensivas a respeito de mulheres no geral, às vezes com ênfase nas prostitutas, e isso me incomoda. Então é preciso de um pouco de paciência, não sei dizer se você se acostuma com a personalidade exagerada do Ed ou ele fica menos ofensivo com o tempo, só sei que as coisas melhoram. 

Shit My Dad Says é exibido de segunda-feira, pelo canal pago Warner Channel, às 21h.


Título nacional: Aura Negra (Academia de Vampiros #2) 
Autora: Richelle Mead
Ano de lançamento: 2010
Número de páginas: 304
Editora: Nova Fronteira
Título original: Frostbite


Neste segundo volume, o assassinato de uma família real Moroi coloca todos em perigo e muda tudo o que eles pensavam saber sobre o modo que os malvadões Strigoi agem. Por isso, todos da Academia São Vladimir são levados, com suas famílias, para um hotel luxuoso para passar as festas de final de ano em segurança máxima. 


Rose e Lissa acham que tudo voltou ao normal depois da prisão de Victor. A princesa está namorando com Christian e Rose continua com seus treinamentos com Dimitri, ainda que sua relação amorosa com ele não tenha avançado, eles ainda continuam tentando não se envolverem. 


Só que Rose começa a se sentir deixada de lado pela amiga que agora está num relacionamento sério e Dimitri que parece gostar muito até demais da tia de Christian. No meio de tudo isso, ela parece ganhar um novo admirador: o rico Adrian que parece saber mais sobre a situação de Rose e Lissa do que elas possam imaginar. Só que como nada é simples, Rose resolve dar uma chance para seu melhor amigo Mason e partir para algo além de amizade...


Como no volume anterior, a maior parte da ação fica para as últimas páginas, mas isso não deixa o livro chato de maneira alguma. A história de Academia de Vampiros se desenvolve bem e fica até mais interessante. Neste livro, novos problemas surgem e mais coisas sobre Rose e Lissa são expostas. Mas muitas coisas ficam para os próximos volume, como era de se esperar. Concluindo, Aura Negra é uma boa continuação. Agora é partir para o próximo!

Lemuel Gulliver (Jack Black) trabalha entregando a correspondência dos jornalistas e funcionários de um grande jornal em Nova York e tem uma paixão secreta pela editora do caderno de turismo, Darcy (Amanda Peet), mas não toma uma atitude nem para subir de posição no emprego, nem para tentar conquistar a moça.

Até que, um belo dia, ele "sem querer querendo" acaba arrumando um freela: Darcy pede que ele faça uma matéria sobre o Triângulo das Bermudas, e é aí que toda a aventura (e muita confusão com uma galera que apronta todas, como diria o cara que anuncia a Sessão da Tarde).

Jack Black consegue nos fazer rir nesse filme, o que faz com que assistir seja um bom momento de descontração. Os efeitos especiais também estão muito bem feitos, e eu recomendo o filme para aquela tarde com os amigos no sofá de casa, com bastante pipoca e refrigerante!
Título: Just Listen
Autor: Sarah Dessen
Número de páginas: 400
Editora: Speak

*A editora Farol lançou o livro em português no ano passado, o título ficou como Just Listen - A garota que esconde um segredo.

A jovem Annabel Green é uma modelo, que mora numa casa de vidro, e aparentemente não tem nada para esconder. Ela tem a vida perfeita! Ou pelo menos era isso que todos costumavam pensar sobre ela, até que foi pega, na cama, com o namorado da melhor amiga numa festa.

Apesar de todos falarem sobre o assunto, como se algum deles realmente tivesse visto o que aconteceu, a unica que sabe o que realmente rolou naquele quarto escuro é Annabel. E esse é um segredo que ela pretende levar para o túmulo e quem sabe assim não decepcionar mais ninguém, não causar mais problemas para a família e não parecer a vítima.

Depois de um longo e solitário verão, a volta às aulas consegue piorar ainda mais as coisas. Antes, ela evitava as pessoas. Agora, são os outros que não querem ser vistos com ela. Essa solidão só tem fim quando o problemático Owen Armstrong mostra que as aparências enganam. Annabel é do tipo boazinha que filtra os pensamentos e acredita que omitir não é mentir, já o gigante Owen fala tudo que pensa e não poupa ninguém dos seus sentimentos. E a música transforma uma conversa inocente, numa amizade de verdade.

Assim como em The Truth About Forever, a personagem principal deste livro vive em função dos outros, se deixando em segundo plano, como se a vida fosse um espetáculo com o único objetivo de agradar o público. Até que alguém repara no que está acontecendo e mostra que isso não é viver.

A história parece bobinha, coisa de adolescente, mas Sarah Dessen tem o dom de falar sobre coisas muito sérias de maneira bastante leve. Nesse livro, os conflitos familiares exploram temas como anorexia e depressão, e fora desse núcleo, tem o estupro. O drama é despretencioso, o romance não é meloso e os diálogos são simples, mas absurdamente profundos, do tipo que faz a gente ficar pensando sobre o mesmo assunto durante um bom tempo.

Depois de tanta rasgação de seda, nem preciso dizer que agora sou mais fã da Sarah, né? E desejo da profundeza do meu coração, que um dia eu  escreva tão bem quanto ela.
Nova York, eu te amo é a reunião de várias histórias contadas por 11 diretores. O que elas têm em comum? Todas se passam em Nova York e são sobre o amor (dã). Algumas são engraçadas, como a do adolescente que perde a virgindade no Central Park. Outras são mais doces, como a do casal de velinhos comemorando 65 anos de casamento.

Atores bem conhecidos como Natalie Portman, Orlando Bloom, Ethan Hawke, entre muitos outros, participam desse filme e trazem vida às histórias de amor. O estilo de cada diretor fica bem evidente a cada quadro, porém isso não consegue estragar o filme. Algumas histórias  você irá gostar mais e outras menos.

Alguns personagens participam de histórias diferentes com papeis diferentes. Mas para unir tudo, há uma videoartista que se encarrega de registrar todos esses momentos roubados das várias formas de amor. Porém, não espere tanta linearidade como em filmes do tipo de Idas e Vindas do Amor. A ligação que une as histórias de Nova York são bem mais tênues.

Nova York, eu te amo é muito mais do que um filme de amor. É um filme doce capaz de agradar até os menos românticos.

Título: Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Autor: Leandro Narloch
Ano de Lançamento: 2011
Número de Páginas: 367
Editora: Leya

Querendo fugir um pouco depois da overdose de sobrenatural quando li Cidade dos Ossos, comecei a ler esse livro. Na verdade, eu descobri ele a um tempo, quando ainda estava na primeira edição (essa que eu li é a segunda) e teve uma Superinteressante que fez uma reportagem de capa sobre os mitos/ficções da História do Brasil, e o livro/autor era uma das fontes.

Um resumo do livro: perca suas ilusões; muita coisa que aprendemos sobre a História do país na sala de aula já não é mais encarada e contada da mesma forma, porque os historiadores continuam pesquisando e descobrindo que não foi bem assim. Eu sempre fui uma aluna exemplar em História (verdade, pode perguntar para meus amigos quem passava cola nas provas pra eles), é um assunto que me interessa.

Os capítulos são relativamente curtos, e todas as informações parecem ter sido bem pesquisadas.Eu gostei de ter lido, porém o autor "me perdeu" (no sentido de que comecei a sacar qual era a dele) quando cheguei no capítulo sobre o Acre, no qual ele afirma que aquele estado é apenas um prejuízo para o Brasil (tipo poucos impostos e muitas despesas). Sério mesmo isso? O negócio piorou no capítulo sobre os comunistas, em que ele fala um pouco sobre o Prestes e a Olga, e depois solta a pérola de que a Folha estava certa em chamar a Ditadura no Brasil de "Ditabranda" pois aqui tivemos menos mortes do que nas outras ditaduras pela América do Sul. Sério mesmo isso? Sério que ele chamou de branda também? Fiquei com vontade de xingar muito no twitter.

Mas assim, esquecendo esses dois capítulos que me emputeceram muito, o livro é legal. Então se você não se importa em ler alguém amenizando a ditadura e esculachando o Acre, além de ter alguns conhecimentos históricos postos em dúvida, certamente é uma leitura recomendável.
Título nacional: O oposto do amor
Autora: Julie Buxbaum
Ano de lançamento: 2008
Número de páginas: 278
Editora: Rocco
Título original: The opposite of love 


Não tenho ideia de como esse livro chegou as minhas mãos, mas se tivesse que chutar, diria que foi o destino me apresentando ao que se tornou uma das minhas obras favoritas.


Aos 29 anos, Emily Haxby leva a vida que muitos pedem a Deus. Ela mora em Manhattan, trabalha num grande escritório de direito rodeada de gente ryca e phyna, tem amigos incríveis e um namorado que a ama mais do que tudo. Mas nada disso significa muito para ela, já que tudo que ela sente é esse imenso vazio no peito.

Quando Andrew, o namorado perfeito, começa a dar dicas de que pretende pedi-la em casamento, Emily surta e não enxergar outra solução: o relacionamento tem que terminar. Depois do fim, o jeito é se jogar no trabalho e fingir que está tudo certo. Quem se importa se ela vendeu a alma para do Diabo no momento que aceitou o emprego e que o caso que pode alavancar a carreira dela vai contra todos os seus princípios?  Para piorar as coisas, ela ainda tem que lidar com o chefe tarado que não vê a hora de os dois ficarem sem roupa.

Mas ela só chega ao fundo do poço quando descobre que o avô, que sempre foi como uma mãe e um pai ao mesmo tempo, sofre de Alzheimer. A partir daí, Emily perde o rumo de vez e entra em depressão, sendo obrigada a lidar com traumas antigos que ela sempre tentou ignorar, como a saudade que sente da mãe, que morreu por causa do cancer quando Emily tinha apenas 14 anos, e a falta de um relacionamento de verdade com o pai, um político muito ocupado que não fala sobre sentimentos. Em algum momento dessa tentativa de se descobrir e fortalecer, ela percebe que sempre amou Andrew.

Esse é um livro muito intenso e me apaixonei por ele logo no prólogo. Adoro o modo como Emily se sente sobre a perda da mãe e como ela se obriga a tentar memorizar tudo sobre aqueles que ama, com medo de esquecer qualquer detalhe que seja a respeito de como eles eram quando não estiverem mais por perto. É uma obsessão que faz muito sentido e combina perfeitamente com a história da vida dela. A autora, Julie Buxbaum, consegue fazer pequenas reflexões sobre as situações mais cotidianas de maneira muito poética e profunda, o que me fez chorar,  e obriga o leitor a repensar um pouco sobre as escolhas que tem feito.

Sei lá, me identifiquei muito com a história e acho que essa obra deveria ser leitura obrigatória, mas não posso garantir que todos vão amar, só posso dizer que vale muito a pena dar uma chance ao livro.

Sigam-nos os bons!

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